Ao ler tais palavras, eu as quis
ter escrito.
Fui compelido a fazer a leitura
novamente e
Viajei na possibilidade de dizer
algo melhor – inveja saudável.
Mas aquelas palavras simplesmente
acolheram o que eu sentia
Em um abraço tão carinhoso e
decisivo que me fez descansar.
Fui tomado por um vazio enorme,
como se a ausência fosse tangível.
Mas tudo passou. Apenas passou.
Hoje, em outras palavras, me
procurei. Abri livros, revistas, capas de discos.
Eu não estava ali. Não estava em
lugar algum – decepção momentânea.
Percebi que não era a mim que
procurava.
Os sentimentos descritos naquele
texto eram alheios e não os meus.
E aquele abraço se tornara apertado
demais. E o carinho se tornara dor.
Não havia mais sorte, nem mesmo a
perfeição em outros.
O sonho, quando de olhos abertos,
é melhor de viver.
E foram outras palavras que me
abriram os olhos.
Estas palavras podem não ser
minhas.
Se alguém já as escreveu, me
processe por não citar a fonte.
Mas os sentimentos que elas
carregam...
Ah! Estes, por me pertencerem,
certamente são teus!
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