sábado, 11 de agosto de 2012


A dor dilacerante do amor. Tua presença é necessária assim como o ar desgraçado que me traz e me tira a vida, mas que não posso sequer ver. Não preciso de provas para saber que o tal sentimento existe, pois já o provei, o senti e o perdi. Hoje me sinto consumido pelo novo, pelo desconhecido. Sei que desejo, mas ainda sei amar?
Não quero sofrer mais. Não quero mais sofrer. Ando carente, choroso, impaciente, doente, calado. Entre tantos enganos que eu podia cometer, entre tantos medos, por que o de amar é o que se apresenta com mais veemência?
Não há canto desta casa que não conheça o salgado sabor das minhas lágrimas que caem confusas, molham e mancham o chão da minha história. Minhas mãos, já cansadas de enxugar as lágrimas e limpar minhas memórias, tentam sinalizar uma saída, mas meus olhos, ainda úmidos, mal enxergam que, diante de mim, não há saída alguma.
Acidentes acontecem, os olhos tremem, as mãos não obedecem, a cabeça não para. O maldito é costumeiro. Não suporto mais! Quero sair de mim! O inferno é real e está dentro de nós – de mim, ao menos. Qual a medida da sanidade de uma pessoa? E qual o início da loucura? Será amar, amar e amar, esperando que aconteça algo diferente dos últimos sofrimentos? Isso se encaixaria bem no conceito de loucura – da minha loucura. No entanto, nem todo sofrimento é igual, mas nunca menor que o anterior. Hoje apenas dói. 

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