quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Estrago


Teus pensamentos são ofensas mim.
Tua vida ordinária é minha sina.
Não te desejo, mas preciso de ti.
És minha morte lenta e dolorosa.
Faz-me sentir vivo pela dor.
Ensurdece minha alma com teu olhar que grita meu nome.
Leva-me!
Trague-me!
Traga-me a tua cura, a tua doença,
A tua loucura de volta à minha quase vida.
Não avises a mim que vai embora, por favor.
Apenas saia de uma vez, me abandone.
Leve tuas tralhas imundas - teu corpo pérfido e mais nada!
Não deixe cair uma lágrima sequer no caminho
Para que eu não veja teus rastros mesquinhos
E queira seguir-te.