sábado, 14 de novembro de 2015

Olho pelas grades da janela.
O caos lá fora parece convidativo.
Para que janelas, se o mundo é proibido?
Meu corpo acorrentado nesta tranquilidade pede conflitos.
Quebro as janelas e arranco as grades de contenção dos meus desejos.
Sinto falta das necessidades que ainda não conheço.
Existir é estupidez.
Insistir é loucura.
Palavras não são refúgio.
Continuar é burrice.
Ceder, desistir, deixar, parar, desconhecer. 
Há um mundo aqui dentro que não conheço tão bem, 
Mas ele também me é proibido.