quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Reflexo


Nasci para agradar aos que não sabem o que querem.
Vivo sem saber o que dizer àqueles que precisam de conselhos.
Algo não parece comigo quando fixo o olhar no espelho.
Assuntos diversos. Não sei qual palavra tento não conhecer.
Migalhas? Sentimentos? Vidros quebrados? Tudo é sinônimo de unicidade?
Perdão se divago sobre coisas que não queres saber.
Não escrevo para satisfazer tuas - ou minhas – necessidades de bom gosto.
Não tenho bom gosto, gosto bom ou talvez nenhum gosto algum sobre isso.
Visto este terno da fissura pela letra morta.
Pelo sentido vivo das coisas vazias – como eu.
Diferente de outro dia, igual à hoje, fico parado vendo as coisas passarem.
Não tento agarrar-me, sequer, a coisa alguma.
Nem mesmo ao que escrevo. São apenas palavras.
Talvez eu não saiba o que quero. Talvez eu não precise de conselhos.
Sei que sou igual a mim, mesmo sem me olhar espelho.
E nada vai mudar isso.
Seja lá o que isso for.

4 comentários:

  1. Oi! Eu nem sei direito como vim parar nesse blog, mas fiquei tão feliz de encontrar!
    Parece que os textos que você escreve descrevem com tantos detalhes meus conflitos e sentimentos que eu não conseguia explicar. Parece que o teu texto está lendo a mim e não o contrário!
    Obrigada!
    Espero que faça mais postagens em breve!

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    1. Grato pelo comentário!
      Querendo se identificar, já pode, viu?

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