quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Remetente: AMOR.

Versos vazios, vida sem graça, desejo de morte.
Pobre menino, hoje morrer seria tua sorte.                           
Mas teu castigo é penar por aí sozinho.
Não há estradas, não há mais ruas, não tens um caminho.

Com os pés no chão, tua roupa do corpo é tua companhia.
Rosto sem sorriso, lágrimas secas, mente vazia.
Não tens mais direito de dizer qualquer coisa ou ter pensamento.
Não serás mais ouvido, nem mesmo tuas súplicas. Este é teu sofrimento.

Só terás alimento para o descontrole, demência, loucura.
Esquecerás dos amigos; da tua família; do amor, a ternura.
E não olhes no espelho, pois o que procuras não está à frente.
Está dentro de ti, escondido, chorando, gritando, doente.

Arranca teus cabelos, queima tua pele, reabre a ferida.
Não terás mais sossego, não terás paz na tua vida.
Perderás o que tens, tudo que tens, deixar-te-ei sem norte.
Pobre menino, se pudesses correr, hoje mesmo morrer, seria tua sorte.

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