quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Já com a vista cansada, os olhos pesados, confesso.
Absurdamente não encontro formas para falar.
Obras, poemas, músicas, em cada simples verso.
Não existe tal forma de amar?

Amo-te como se já não soubesse mais ser racional.
Como se tudo, sem você, tivesse menos valor.
Posso perder a medida do meu ser... normal.
Amo-te e, dessa forma, já não sinto mais dor.

Parte de mim já nem sabe o que escrever.
Como descrever algo tão complexo?
Já não sei sentir menos que isso.
Sinto-me paralisado, retardado, disléxico.

Quantos de mim podem te amar?
O menino em toda sua pureza?
O adolescente enquanto durar?
O adulto em minha sutileza?
Mesmo eu, louco em meus devaneios.
Não foge o amor dessa natureza.

Há tantos de mim.
E há tantas mais formas de te amar.
Eu nem sei mesmo quem sou, quantos sou.
Já não sei contar.
O que mais importa é que para cada eu,
Para cada simples ou complexo eu,
Sempre há um jeito de te encontrar...
E te amar...

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