Os detalhes mais absurdos de um passado perfeito me assombram. Os sorrisos mais sinceros, os abraços mais confortantes e protetores, os beijos mais apaixonados, o humor que me recordo e sinto e volto a procurar-te loucamente, incansavelmente... Estou cansado. Estou ferido. Abandonado. Quero de volta. Quero muito. Quero minha vida (ou o que sobrou dela), meu destino (se acreditasse nisso), meus desejos (se não fossem tolhidos), minha morte indolor (que foi ser um dia), meu sono profundo. As lembranças me destroem. Já não quero mais sofrer. Já não agüento mais viver assim. Não há música que agrada aos meus ouvidos. Já não há gosto bom na minha boca. Só há o humor que ainda sinto por aí e isso não me dá mais o prazer, nem felicidade, nem paciência. Os caminhos que ando já não me levam onde desejo. É tanto... Tanto querer, tanto distrato, tamanha doença, desejos descabidos... Já não há mais espaço para tanto você em mim. Livre? Não mais. O era quando preso a ti. Era prisioneiro que jamais desejou liberdade.
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