sexta-feira, 5 de abril de 2019


Para além daquela circunstância,
Meu (in)oportuno deslize revelou a capa da minha chuva
Um bramido da genuína verdade, escondendo-a às claras,
Negaceando sua face à aparente lucidez meus sentidos.
Peregrino nesse arcano, pisando descalço em terreno árido.
Sob o sol, testemunho com lamúria a sombra do que fui e sou.
Exasperado, quimera qualquer se torna um covil,
Um recolhimento para minhas inseguranças,
No qual não há luz ou vislumbre algum do que serei
Não há mais engano aqui, não terei tal destino,
Pois as gotas da minha chuva não caem ao chão 
Nem mesmo se esvanecem.
Meu corpo vagueia quase sem vida
Sendo afogado em minha própria chuva.

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