Não saí incólume ao perceber o que tu,
decerto,
Desatenta, não ouviste.
E ali, imóvel, afastei-me demais, encharcado
por um pranto sequioso, silente.
Parti e, nessa despedida, me despi das
ilusões,
Do afável entorpecer, da vida como eu
não percebia.
Ah, a mágoa diante do “se” daqueles
dias – anos – que,
Sem mais falsa impugnação, passaram.
O padecer por quantos mais virão,
A fúria pela falha antecipação,
O descontentamento com a realidade.
Displicente, apático, imóvel.
Uma morte imprescindível ao lenitivo.
Um escarpado renascer de um brado
Para um quase inóspito lugar já, por
mim, apossado.
A quem remeto meu choro?
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