Eu estava certo sobre algo – eu estava errado.
Já havia visto aquela cena ridícula.
Provavelmente com outros atores, mas
Definitivamente a mesma cena.
De forma bem particular, eu a vi sorrindo para mim.
Não cometerei mais esse erro, penso agora.
Sei que me engano e acho que é proposital.
Sempre a verei sorrindo, convidativamente.
Ela mostra o rumo e futuros frutos,
Mas eu só enxergo as pedras no caminho
E mesmo faminto, sedento, eu paro.
Não há ânimo para segui-la ou tentar segurá-la perto de mim.
Eu a vejo aquela vida, que foi minha um dia, se distanciando
Talvez aquilo não seja mais ela, tampouco, sua sombra.
Resta-me este paraíso inóspito.
Resto-me nesse absurdo que é apenas existir
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