quarta-feira, 25 de junho de 2014

Fome

Este riso maldito 
Dentro da minha cabeça
Não vai embora.
Não vá embora.
Já me fez desalinho. 
Eu posso suportar?
Eu nem quero mais brincar
De ser eu
Se dentro eu mostro 
Eu, monstro
Sou eu?
O prazer deste estado
De dor funesta
De um auto luto divertido,
Sofrido, pervertido
É indescritível
Eu, parasita de mim
Queimando, destruindo
Sugando o eu que pensava ser bom
O que eu pensava ser
Deixando pra trás 
Este sorriso maldito
Apenas
Dentro da minha cabeça

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